domingo, 19 de junho de 2011

O Modelo Escolar na Sociedade do Conhecimento.




José Armando Valente, Núcleo de Informática Aplicada à Educação na Unicamp, em seu artigo intitulado "Mudanças na sociedade, Mudanças na Educação: o Fazer e o Compreender" vêm discutir sobre esses dois pontos, as transformaçoes sociais e educacionais fazendo uma relação entre elas.




Ele inicia falando sobre os períodos de transformaçoes na produção de materiais começando pela produção artesanal, que é aquela em que o trabalhador possuia grande habilidade, e fazia um produto exclusivo e com qualidade, porém, o processo era demorado; depois a produção fordista (em massa), que consiste na produção rápida de diversos produtos, em grande escala, de forma que o mesmo produto era "empurrado" para a sociedade; posteriormente ele indica um promissor modelo de produção, a produção enxuta, onde o produto é fabricado de acordo com a necessidade do cliente.


Em seguida, o autor compara esses períodos de mudanças sociais, com o ensino dado aos alunos ao longo dessas transformações. A educação artesanal é aquela em que um mentor era o responsavel pela educação dos membros da corte ou de uma família rica. Na educação fordista, o ensino é baseado no "empurrar" a informação ao aluno, de modo que a escola é a fábrica e os alunos o produto. Na educação enxuta, o aluno deve "puxar" os conteúdos, ser criativo e capaz de compreender o que faz.

No restante do texto o autor modela o ensino nas escolas com base na educação enxuta, e descreve:


"A escola deve ser capaz de atender as demandas e necessidades dos alunos. O professor e os alunos devem ter autonomia e responsabilidade para decidir como e o que deve ser tratado nas aulas. O aluno deve ser crítico, saber utilizar a constante reflexão e depuração (...). O conteúdo não pode ser mais fragmentado ou descontextualizado da realidade ou do problema que está sendo vivenciado ou resolvido pelo aluno."


Diante desse novo modelo educacional, podemos nos perguntar: será que na nossa sociedade atual estamos preparados para nos adequar à esse novo modelo de ensino, no qual o aluno deverá estar constantemente interessado en obter mais informações e solicitar da escola momentos e situações que lhe dêem essas informações?


Será que já não nos habituamos ou nos acostumamos ao estilo fordista de educar, onde o mesmo padrão de ensino (curriculo) é dado nas escolas, e os alunos tem que sair de sua sala de aula com todo conteúdo gravado em sua mente?


A educação enxuta vem pedir à sociedade que valorize mais a capacidade de pensar do aluno, sua criatividade, opinião e autonomia. Ela vem criticar a educação que nos é fornecida atualmente, em que o aluno aprende o que a sociedade quer e do jeito que ela quer, e caso não atenda a qualidade exigida pelos responsaveis, ele volta ao ponto em que não obteve exito, de forma que ele não possui autonomia nenhuma em relação ao que lhe é imposto.


Então, vejamos como está a nossa educação: totalmente estruturada, organizada e formada no tipo de educação "em massa". Os alunos de hoje, para ter acesso ao ensino superior tem que estudar ou aprender os mesmos assuntos para enfrentar o mesmo processo de seleção, os que melhor atender aos padrões exigidos, se darão bem.


No modelo enxuto, o aluno teria que aprender a aprender, seria um "caçador" de informações, teria que tomar decisões, ser responsável, ser ativo, tem que desenvolver suas habilidades, aperfeiçoar suas idéias, tem que fazer e compreender tudo o que faz. Teria que fazer tudo isso sem que a escola pedisse ou exigisse.


Pensar em mudar a educação em massa para a educação enxuta, é quase transformar a água em vinho, seria preciso muito tempo para adaptar a sociedade a este novo modelo educacional.


Creio que a proposta deste modelo enxuto é boa, porém, é algo utópico para o momento na nossa sociedade.


E você o que acha?


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Danielle Farias

Um comentário:

  1. huhuhu arrasou! gostei muito do seu trabalho! merece um 10!

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